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Vila Nova

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Inicialmente denominada Vila Nova d’Itália, a partir de 1894, o espaço recebeu seus primeiros moradores. Tratava-se de famílias trentinas, mantovanesas, cremonesas e de outras regiões da Itália, que adquiriram glebas de terra e as transformaram em chácaras, com plantações de videiras, árvores frutíferas – pessegueiros, pereiras e ameixeiras – e verduras. A uva ali produzida, além de ser utilizada para a fabricação do vinho, era também comercializada nos mercados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. Enfrentando as dificuldades de ocupação de um terreno com mata virgem, o paulatino esforço da comunidade propiciou a criação de diversas instituições: uma escola em 1897 que, mais tarde, seria a Escola Estadual Alberto Torres; a construção, em 1906 da capela que originaria a Paróquia São José de Vila Nova; em 1911, a fundação de uma Cooperativa Agrícola e uma Caixa de Crédito Rural, que vieram transformar a região e expandir os negócios dos pequenos agricultores da Vila.

Por sua considerável produção agrícola, em 1898 tem início a construção de um moinho para a produção de farinha de milho, por iniciativa de um dos primeiros moradores da região Vicente Monteggia. Para tanto, o Arroio Cavalhada, que perpassava o Bairro, foi represado para a canalização da água, que seria a força necessária para o funcionamento de uma turbina hidráulica. A farinha produzida era destinada, principalmente, para o preparo da polenta, prato típico italiano.

Em 1912, inicia-se o tráfego ferroviário na Estrada de Belém Velho, que passava pela Vila Nova e, em 1926, foi inaugurado pelo então prefeito Otávio Rocha o ramal que se prolongava da Tristeza à Vila Nova, servindo para o transporte dos produtos coloniais ali produzidos para o mercado central da Capital.

Nesses tempos, os moradores de Vila Nova possuíam uma convivência muito fraterna, o que demonstrava a organização de atividades junto às canchas de bochas, de partidas de Três-sete, escova, solo e mora nas mesas dos armazéns da Vila, bem como a organização da primeira Festa da Uva do Rio Grande do Sul, realizada em Teresópolis e que, mais tarde, cedeu lugar à Festa do Pêssego da Vila Nova.

Em consonância ao crescimento do urbano em Porto Alegre, a Vila Nova foi recebendo famílias de outras origens, tais quais japoneses, alemães, poloneses e de outras regiões do país. Assim, algumas chácaras foram loteadas, ruas foram abertas, a estrada de ferro e a cooperativa foram extintas e deram lugar a novas residências, lojas, armazéns, supermercados, serralherias, farmácias e o Hospital Vila Nova.

Atualmente, o bairro caracteriza-se como residencial que, ainda assim, conserva características de colônia italiana, como as chácaras ainda existentes e as tradicionais festas realizadas na Paróquia de São José de Vila Nova e a Festa do Pêssego. Fácil acesso ao transporte público, com diversas linhas de ônibus e lotações, fica a poucos minutos do Centro da cidade.

 

 

FONTE: Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Imagem - Google Maps.